Renault fez muitas contas ao decidir importar da China o Kwid elétrico, o carro elétrico mais barato em oferta no Brasil: R$ 142.900 para encomendas até julho com entregas em agosto. Ainda assim o Kwid E-Tech custa R$ 74.000 a mais em relação ao Kwid Outsider.
Se for feita comparação apenas pelo gasto de gasolina ou etanol contra o preço bem menor da eletricidade, a diferença no custo/km levaria mais de 10 anos para ser amortizada. No entanto, deve-se considerar manutenção, impostos e desvalorização no mercado de usados que compõem o chamado custo total de utilização (CTU).
Tomando como base as cotações de uma consultoria especializada em precificação de usados, a partir do terceiro ano para quem roda 20.000 km/ano a vantagem no CTU seria para o elétrico, segundo a fabricante.
O hatch compacto elétrico recebeu um pacote de equipamentos maior que inclui seis airbags, câmera de ré e sensores traseiros de estacionamento. O elétrico é mais pesado que o modelo convencional (977 x 825 kg), perde em potência (65 x 71 cv) e ganha em torque (11,5 contra 10,5 kgf.m). Rodas passaram a ter quatro parafusos em vez de três em razão do torque maior e instantâneo.
A fabricante informa aceleração de 0 a 50 km/h do E-Tech em 4,1 s para demonstrar agilidade no trânsito. Mas na comparação de 0 a 100 km/h o Kwid convencional é um pouco mais rápido (13,2 contra 14,6 s). No uso em cidade o alcance é de até 298 km, se usado o modo de regeneração. No ciclo combinado cidade/estrada, 265 km. Não foi informado o alcance em estrada.
O Dacia Spring, equivalente ao Kwid E-tech mas fabricado na Romênia, utiliza um motor elétrico de apenas 45 cv e acelera de 0 a 100 km/h em 19,1 s. Assim é bem mais lento que a versão para o mercado brasileiro.
Por: fernandocalmon.com.br