Nas últimas semanas o assunto mais falado dentro na maioria dos grupos nas redes sociais e também em algumas mídias de comunicação automotiva certamente foi o lançamento da versão exclusiva para PcD do SUV compacto Volkswagen T-Cross. Muito se especulava acerca dele, sobretudo quanto aos itens de série, onde grande parte se mostrou pessimista, mas acabou sendo em vão, pois a VW lançou um modelo bem recheado e nosso intuito aqui é promover um comparativo, atendendo solicitações de leitores.
Colocaremos na balança os três modelos da gama Sense – nomenclatura da Volkswagen para a versão destinada ao público PcD, composta pelo hatch Polo, seu sedan Virtus e agora o SUV T-Cross. O trio, montado sob a moderna plataforma modular MQB, compartilha diversos componentes entre eles, mas cada um possui sua peculiaridade e aqui detalharemos para você, caro leitor, caso esteja desejando algum dos modelos decidir por completo a opção para levar à sua garagem.
A ordem de disposição dos modelos será na ordem maior-menor preço, ou seja, se dará início pelo T-Cross, depois Virtus e finalizaremos com o Polo. O objetivo é trazer a maior riqueza de detalhes possível para tornar o comparativo elucidativo e sanar eventuais dúvidas.
Iniciando esse comparativo com a novidade da gama Sense na Volkswagen, o SUV compacto lançado no início de 2019 que mês após mês está conseguindo posições de destaque no ranking de vendas do seu segmento, inclusive encostando no líder, o Jeep Renegade. Ainda sobre a versão Sense, vale destacar que os pedidos estão a todo vapor e o faturamento segundo a marca está previsto para Janeiro nas primeiras unidades.
No tocante aos itens de série, houve certa surpresa positiva da Volkswagen, pois a versão destinada ao público PcD possui diferenças pequenas em relação a versão em que se baseia: a 200 TSI. De série dispõe de ar-condicionado manual, direção elétrica, trio elétrico, bancos em tecido, faróis de neblina com DRL em LED integrado, lanternas traseiras em LED, barras de teto, maçanetas e retrovisores na cor do carro, faróis halógenos, central multimídia Composition Touch de 6.5 polegadas com espelhamento de celular via Android Auto/CarPlay/Mirrorlink , rodas de liga-leve de 16 polegadas, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, airbags frontais, laterais e de cortina, sistema ISOFIX, entre outros itens. Perante a versão 200 TSI Tiptronic o modelo perde controle de cruzeiro (piloto automático),acabamento em couro no volante, apoio de braço, saídas de ar e entradas USB para os ocupantes traseiros, sensor de estacionamento traseiro, suporte de celular no painel com porta USB, grade do motor black piano e tampão do porta-malas.
Em vista da concorrência, destaca-se no conjunto mecânico atualizado: conta com o motor 1.0 TSI (200 TSI) turbo flex com injeção direta de combustível e bons números: 128 cavalos de potência com etanol e 116 cavalos com gasolina, mas o torque de 20,4 kgfm é o mesmo independente do combustível utilizado. Tudo isso aliado a uma transmissão automática com conversor de torque de seis velocidades. Seu porta-malas possui 373 litros de capacidade, mas podendo ser estendido para 420 litros.
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Falaremos agora do único representante da família Sense que não utiliza a motorização turbinada TSI. O Volkswagen Virtus foi lançado em Fevereiro de 2018 com o objetivo de atrair a clientela que demandava espaço interno maior e um porta-malas que atenda com competência uma família, por exemplo.
Foi conquistando aos poucos seu lugar no mercado de sedans compactos premium no Brasil, ficando apenas atrás do sedan compacto já finado da Chevrolet, o Prisma, mas valendo destacar que o concorrente direto do sedan alemão era o Chevrolet Cobalt. Tornou-se bem quisto entre taxistas, PcD e também nas locadoras, que representam considerável fatia das vendas do Virtus. Com a chegada do Chevrolet Onix Plus sua vida aparentemente ficará mais complicada, mas nada que apague as benesses do modelo. Pois bem, a versão Sense do modelo foi criada em 2018 para atender o público PcD que na ocasião ficaria carente de um Virtus MSI AT mais completo, já que a Volkswagen havia subido o preço para acima do teto do ICMS.
Quanto à lista de equipamentos, possui semelhanças com o T-Cross, trazendo também: ar-condicionado manual, direção elétrica, trio elétrico, bancos em tecido, computador de bordo, sensor de estacionamento traseiro, central multimídia Composition Touch de 6.5 polegadas com espelhamento de celular via Android Auto/CarPlay/Mirrorlink, rodas de aço de 15 polegadas com calotas, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, airbags frontais e laterais, sistema ISOFIX, entre outros itens.
A motorização utilizada é a 1.6 16V MSI de quatro cilindros que gera no etanol 117 cavalos de potência e na gasolina 110 cavalos, ambos a 5.750 rpm e no quesito torque, são 16,5 kgfm quando com etanol e 15,8 kgfm com gasolina, ambos a 4.000 rpm. Esse motor vem aliado da transmissão automática Tiptronic de seis velocidades comum aos três modelos aqui citados.
Seu entre-eixos possui 2,65 metros de comprimento, o mesmo do T-Cross, facilitando a vida a bordo, inclusive possui 521 litros de porta-malas, um número que conta muito quando se tem família grande e(ou) se depende de cadeira de rodas, por exemplo.
Por último, mas não menos importante, trazemos o modelo mais veterano entre os aqui colocados. O hatch compacto premium Polo foi lançado em 2017 com a proposta de trazer inovações para o segmento, como painel totalmente digital, plataforma modular, elevado gabarito de segurança, entre outras.
Na versão Sense, destinada exclusivamente ao público PcD, ele repete a mesma lista de itens de série do sedan Virtus, inclusive deriva do próprio Polo. Dispõe de ar-condicionado manual, direção elétrica, trio elétrico, bancos em tecido, computador de bordo, sensor de estacionamento traseiro, central multimídia Composition Touch de 6.5 polegadas com espelhamento de celular via Android Auto/CarPlay/Mirrorlink, rodas de aço de 15 polegadas com calotas, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, airbags frontais e laterais, sistema ISOFIX, entre outros itens.
No caso do Polo, ainda existe a versão 1.6 MSI com câmbio automático dentro do teto de isenção do ICMS, mas possui menos itens que a versão dedicada à PcD e a motorização também se difere. Polo Sense e T-Cross Sense contam com o 1.0 TSI (200 TSI) turbo flex com injeção direta de combustível que gera 128 cavalos de potência com etanol e 116 cavalos com gasolina, com torque de 20,4 kgfm independente do combustível utilizado. Tudo isso aliado à transmissão automática com conversor de torque Tiptronic de seis velocidades. Para o segmento possui um porta-malas dentro da média, com 300 litros de capacidade.
A Volkswagen dispõe, portanto, de três modelos de três segmentos distintos no seu portfólio de versões destinadas ao público de pessoas com deficiência, cada um com seus atributos e pontos negativos, semelhanças e diferenças, entre outras questões. Vamos ver como Polo e Virtus irão se comportar com a chegada do “primo rico” T-Cross no segmento de vendas diretas que cresce a cada ano.