Hoje o Mundo do Automóvel para PcD traz um comparativo diferenciado, pois diferente do que já fizemos em algumas ocasiões comparando diferentes veículos, estaremos pondo em jogo um mesmo veículo em duas versões distintas. Isso mesmo, vamos comparar detalhadamente duas versões do hatch compacto premium da marca italiana Fiat: o Argo.
As versões aqui colocadas serão as duas únicas opções do modelo com transmissão automática, portanto, podem ser plenamente adquiridas também por pessoas com deficiência que sejam condutoras e tenham como obrigatoriedade o uso estrito de veículo com transmissão desse tipo.
Primeiramente, a versão HGT está na gama do hatch desde o seu lançamento em 2017, sendo a variante do modelo que traz alguns detalhes diferenciados tanto em seu exterior quanto interior que remetem a esportividade, ainda que seja uma versão apenas esportivada e não necessariamente com apelo esportivo, que abrange não apenas mudanças estéticas. Será comparada com a versão Trekking, opção do modelo que possui roupagem aventureira e suspensão ligeiramente mais levantada, garantindo maior altura em relação ao solo. Lembrando que essa versão tem opção manual, mas ela será desconsiderada.
Quanto a esse quesito das versões aqui citadas podemos dizer que não existem diferenças entre elas, ou seja, mesmo motor e câmbio para ambas. A motorização utilizada é a 1.8 E.torq 16V que possui 139 cavalos quando abastecido no etanol e 135 cavalos quando com gasolina, ambos a 5.750 rpm, e torque no etanol é de 19,3 kgfm e na gasolina é de 18,8 kgfm, ambos a 3.750 rpm.
Já o câmbio usado é o automático AISIN com conversor de torque tradicionalmente conhecido que conta com seis marchas e opção de trocas manuais.
Como podemos nitidamente ver, a proposta de ambos os modelos é relativamente bem distinta uma da outra, ainda que o Trekking não seja um Argo realmente aventureiro e o HGT não seja um modelo esportivo de fato. Como de praxe na marca, Trekking é uma das nomenclaturas utilizadas para os modelos que possuem apelo mais aventureiro no design, mas num meio termo entre o nome Way usado no Uno, por exemplo, e o nome que consagrou a Fiat nesse aspecto, Adventure.
A estética interna da versão traz detalhes como bancos em tecido alusivos exclusivos da versão, teto com revestimento preto e emblema do volante também na cor preta. Externamente possui adesivos nas laterais e capô, além de barras de teto longitudinais, teto e retrovisores pintados em preto brilhante, rodas de liga leve de 15 polegadas escurecidas exclusivas da versão, pneus de uso misto com medida 205/60 R15, logotipos Fiat e emblemas traseiros na cor preta, além de spoilers e saias laterais na cor preta e outros detalhes. Sua altura em relação ao solo é 40 mm maior que as demais versões.
Já a versão HGT traz a nomenclatura que era utilizada no hatch médio Brava, aquele derivado do Marea que ficou a venda entre o fim dos anos 90 e início dos anos 2000. Muito se especulava que essa versão seguiria a nomenclatura Sporting que vinha sendo adotada pela marca desde o Stilo, mas foi optado pelo resgate do nome HGT. É a versão do hatch que chamamos de esportivada, ou seja, esportiva apenas esteticamente.
Possui no interior o teto preto e bancos exclusivos da versão, além de uma faixa vermelha no painel. Externamente traz rodas de liga leve de 16 polegadas com pneus 195/55 R16 (rodas 17 opcionais), molduras pretas nas caixas de roda e laterais, detalhe vermelho na grade, spoilers e ponteira de escapamento cromada. Acompanha também um acerto diferenciado na suspensão.
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Se no motor não temos diferenças e no design temos notáveis mudanças, nos itens de série voltamos a não ter consideráveis diferenças entre as versões dos modelos.
Ambas possuem por igual ar-condicionado analógico, direção elétrica, vidros elétricos nas quatro portas, travas elétricas, computador de bordo configurável com tela em TFT de 3,5 polegadas, sensor de pressão dos pneus, central multimídia Uconnect de sete polegadas, tela sensível ao toque + espelhamento via Android Auto ou Apple Car Play/USB/auxiliar/Bluetooth e entrada USB no console central, sensor de estacionamento traseiro, faróis de neblina, volante multifuncional, duplo airbag frontal, freios ABS, entre outros itens.
Vamos às diferenças: a versão Trekking traz os retrovisores externos com regulagem elétrica, repetidores de seta e sistema Tilt Down e regulagem somente de altura do volante. Enquanto isso, a versão HGT perde os retrovisores elétricos com repetidores de seta e Tilt Down, mas ganha regulagem de profundidade do volante.
A versão HGT também é mais segura, trazendo controles de tração e estabilidade, além de assistente de partida em rampa. O Argo Trekking deve contemplar esses itens em breve, pois por se tratar de uma versão com altura maior, os aparatos de segurança precisam de calibração diferenciada.
Por se tratarem de versões com o mesmo conjunto mecânico não existem diferenças entre o plano de manutenção preventiva de ambos. Em consulta pelo site da Fiat obtivemos os seguintes valores:
KM | Valores |
10 Mil | R$ 368 |
20 Mil | R$ 616 |
30 Mil | R$ 540 |
40 Mil | R$ 812 |
50 Mil | R$ 560 |
60 Mil | R$ 1.268 |
O Fiat Argo Trekking e o Fiat Argo HGT com o mesmo conjunto mecânico possuem os mesmos preços para o público: R$ 69.990. Valendo destacar então que o público PcD está apto para adquirir um dos dois com isenção de IPI e de ICMS, desde que não coloquem opcionais e escolha opção de cor que faça o carro permanecer nesse valor.
Para o HGT as cores são Branco Banchisa e Vermelho Monte Carlo. Para o Trekking somente a cor Preto Vulcano é disponível sem custos a mais, sendo as três cores sólidas. Com as isenções o preço também é o mesmo, R$ 54.655, mas sempre consulte a concessionária mais próxima para verificação de eventuais bônus da Fiat na aquisição na modalidade de venda PcD pelo Programa Autonomy.
São dois modelos muito parecidos, mas com propostas distintas, cabendo ao potencial cliente escolher se vai optar por uma versão de apelo mais aventureiro e com menos itens de segurança ou pela versão esportivada com mais recursos nesse tocante.
[Por Augusto]