A forte crise econômica que atingiu o Brasil depois de 2014 atingiu com força diversos setores importantes, entre eles a indústria. Com o poder de compra reduzido e pressionados por inúmeras dívidas, os brasileiros simplesmente pararam de comprar, principalmente bens com maior valor e que precisavam de crédito.
Fortemente dependente da liberação de crédito e da recuperação do otimismo e da melhora na situação financeira das pessoas, a indústria automotiva viu seus números de vendas praticamente despencar.
Pátios de montadoras país afora ficaram abarrotados de veículos sem previsão de venda e, no auge da crise, muitas demitiram ou deram férias coletivas a seus funcionários, para não elevar ainda mais seu estoque.
Para amenizar a situação da indústria automotiva, reaquecendo a setor e, assim, impulsionando a economia, começou a ser costurado um novo acordo entre associações do setor e governo, em substituição ao Inovar Auto, programa que concedia incentivos fiscais para a cadeia, a Rota 2030.
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O que é a Rota 2030?
O Rota 2030 é um programa de incentivos fiscais ao setor automotivo e que seria lançado em substituição ao programa Inovar Auto, expirado em 31 de dezembro de 2017. Nesse novo programa, os fabricantes de automóveis que alcancem uma determinada meta de eficiência energética e investimentos em Pesquisa e Desenvolvido serão “recompensados” com isenções fiscais. O montante dessa isenção, no entanto, ainda não está definido.
Um grande diferencial da Rota 2030 em relação ao seu antecessor, o Inovar Auto, é que o programa não deve possuir um sistema de cotas que limitam a produção de automóveis importados no país, fato que ainda ocorre.
Além disso, a Rota 2030 deve trazer de volta a inspeção veicular, como mecanismo para medir a geração de poluentes dos veículos no país e também evitar acidentes.
Como o programa irá funcionar?
Apesar da confusão em torno do valor a que o governo está disposto a deixar de receber em impostos, o modelo de funcionamento do programa já está definido. A Rota 2030 irá vigorar até o ano de 2032 e será dividido em três fases, de cinco anos cada.
Para a primeira etapa, que deve valer de 2018 até 2022, os automóveis e comerciais leves do Brasil deverão alcançar uma meta de eficiência energética de 12% nesse período. Além disso, devem ser divulgados novos tipos de automóveis, equipamentos de segurança e novas políticas que serão regulamentados até o ano de 2022.
O que o governo espera com a Rota 2030?
Além de tornar o Brasil um país mais preocupado com a redução de poluentes lançados no meio ambiente e mais eficiente energeticamente, a Rota 2030 tem como objetivo impulsionar a competitividade da indústria automotiva nacional, através do incentivo à inovação.
A exigência de que as empresas invistam regularmente em pesquisa ajudará o país a se aproximar de nações que são líderes não apenas na produção de veículos, como também no desenvolvimento de tecnologias que os tornam mais eficientes e menos poluentes, utilizando combustíveis renováveis, por exemplo.
Além disso, ao estimular a abertura de novas fábricas, graças ao reaquecimento do setor, a Rota 2030 também incentiva o desenvolvimento econômico dos locais onde essas fábricas forem instaladas, já que novos trabalhadores e todo um sistema de comércio e transporte serão instalados ao seu redor.
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