A decisão de que o Honda Fit se despedirá do mercado brasileiro foi enfim oficializada, após tempos de espera e até um registro no INPI de uma nova geração. Contudo, virá para lhe suceder o inédito City Hatch e com isso surge a pergunta: será que ele terá cacife para substituir o sucesso que foi o monovolume da marca japonesa, principalmente no mercado PcD?
Bom, devemos ter em mente que o Fit, desde o seu início no país, em 2003, apresenta uma proposta de versatilidade de espaço interno com a modularidade dos bancos, repetida depois em outros modelos, além de confiabilidade, robustez e boa revenda – preceitos comuns aos carros Honda no país. Já o City seguirá a lógica de um hatch compacto premium para rivalizar com VW Polo, Chevrolet Onix, entre outros.
A clientela do Fit é em sua maioria bastante fiel e uma mudança assim drástica não deve agradar todos. Falando do público PcD, foco do nosso site e da pauta em específico, é um exemplar muito querido principalmente por cadeirantes, dada a possibilidade variada de transportar a cadeira de rodas sem desabonar outras questões, além da Honda ter tido como alicerce por muitos anos o próprio mercado de pessoas com deficiência.
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Não podemos deixar de falar do bom tempo em que esteve dentro do teto de isenção de ICMS, tendo saído recentemente na versão Personal, algo que também motivou muitos a possuírem um bom veículo por um preço mais reduzido, caso não quisesse partir para versões mais completas. Fato é que o Honda Fit deixará muitas saudades, principalmente para a PcD em geral que carece de opções versáteis.
Ademais, seu final de ciclo foi um pouco amargo, possuindo baixo volume de vendas, além de certa defasagem no mercado com uma lista de equipamentos mais modesta – não que isso traduza um carro básico. Porém, em sua faixa de preço, muitos partem para hatches e sedans compactos com motor turbo e outras tecnologias.
Atualmente, com câmbio automático, temos apenas o Chevrolet Spin com 5 ou 7 lugares, ficando agora como única opção no segmento e há ainda o Fiat Doblò, mas também em clima de despedida e sem transmissão automática. Porém, ainda há alento dentro da própria Honda com o WR-V que ao menos por enquanto permanecerá em linha e seguindo a receita do Fit, acrescentando uma pitada “aventureira”.