Como é tradicional na imprensa automotiva a algum tempo, todo mês de dezembro é feita uma retrospectiva que traz todos os veículos que por algum motivo (ou não) deixaram de fazer parte do mercado durante o decorrer do ano.
Dessa vez não será diferente, então vamos trazer aqui no M.D.A alguns dos carros que foram descontinuados no ano de 2020 e se deixaram substitutos – ou se virão ainda. Confira a lista completa.
Lançado no ano de 2011, o sedan compacto premium da marca norte-americana posicionado entre o compacto Prisma e o médio Cruze nos deixou sem muito alarde. Ofuscado pelo sucesso estrondoso do Onix Plus, lançado em setembro de 2019, o Cobalt foi perdendo cada vez mais espaço na gama e foi retirado de linha pela Chevrolet. Inicialmente houve apenas reposicionamento de versões, somente depois o fim completo.
O SUV da marca francesa perdeu em 2020 a sua única versão que possuía câmbio manual, corroborando com a preferência do mercado nacional cada vez maior por modelos de câmbio automático, motivada pelo conforto maior que é oferecido.
Apesar de não ser confirmado pelo Grupo PSA, por baixo dos panos o assunto é que o sedan médio foi realmente descontinuado pela Citroën, tendo como razões as baixas vendas e a preferência crescente por SUV s na faixa de preço disputada. Desde janeiro nenhuma unidade é trazida da Argentina para o Brasil e atualmente o que se vê nas lojas da marca entre carros de passeio é basicamente o C4 Cactus – o “sucessor”.
O então único modelo Dodge a venda no país teve o fim de produção decretado no ano de 2020 após 12 anos de mercado. Custando R$ 149.900 quando vendido, possuía bons atributos, mas via a concorrência se aperfeiçoando sem apresentar maiores novidades, além de custos de manutenção elevados. Outro fator que é relativamente interessante, mas que não é considerado motivo direto é a preferência por outro membro do Grupo FCA: o Jeep Compass.
Apesar de propostas totalmente distintas, os preços de ambos batiam muito, fazendo com que a preferência do público fosse para o SUV que hoje é sucesso de vendas para o grupo e para o segmento.
O trio da marca italiana equipado com o polêmico câmbio automatizado de cinco marchas foram os “últimos dos moicanos” se levarmos em conta a transmissão. Digo isso pelo fato da Fiat ter sido a última marca que apostava nesse tipo de câmbio com somente uma embreagem, ficando 12 anos no mercado (lançado no Stilo com o nome de Dualogic). É aquele famoso caso de “ame ou odeie”, deixando alguns órfãos, mas também alegrando outros.
Para substituí-lo a altura, deve ser lançada no ano de 2021 a transmissão automática do tipo CVT nos carros da marca, algo inédito no Grupo FCA.
Último representante dos SW compactos no Brasil, o Fiat (Palio) Weekend ficou longos 23 anos no mercado e nos seus últimos anos de vida foi e ainda é presença marcante na frota de empresas e polícias ao redor do Brasil. Com sua saída, o segmento não tem mais representantes, todos extintos pelo baixo desempenho de vendas e opção por SUVs.
Baixa importante no nosso mercado, mais um modelo após 14 anos e três gerações no Brasil nos deixou em 2020 e por qual motivo? Sim, os SUVs! Sem deixar substituto direto, a Ford não somente por aqui, como em todo o mundo, almeja lidar de forma contundente com picapes, utilitários e crossovers. Com isso, adeus ao sedan da marca.
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Outro sedan na lista, dessa vez de uma sul-coreana. Com fracas vendas no país, o Hyundai Elantra deixou de ser vendido por aqui mesmo sob a promessa de nova geração estrear por aqui. No entanto, não há previsão da chegada de um substituto direto.
O hatch compacto da japonesa Nissan teve produção suspensa em setembro, mas ainda conta com alguns modelos disponíveis para aquisição. Será mais um a ser substituído por SUVs, dessa vez um subcompacto similar ao Nissan Magnite e com chegada prevista para 2022.
A expressiva compra de Volkswagen Golf na versão esportiva híbrida GTE pela locadora Unidas marca o fim de um ícone no mercado brasileiro após quase três décadas. Ainda se tem uma pequena expectativa sobre a vinda do Golf de oitava geração, ainda que somente na versão esportiva GTI.
No entanto, a VW do Brasil não se posiciona oficialmente a respeito da informação.
A versão de acesso do sedan médio da Volkswagen que era a única que tinha preço abaixo dos R$ 100.000 durou relativamente pouco na gama, apesar de um pacote de itens até atraente para uma versão que é a porta de entrada. Caso alguém opte pelo Jetta será preciso partir para a versão Comfortline que custa R$ 136.340.
Outro Volkswagen da lista é o Passat, sedan grande da alemã no Brasil que teve vendas findadas em agosto de 2020 em razão da desvalorização do real comparando com o euro (o modelo vinha da Alemanha). As últimas unidades vendidas têm ano-modelo 2019 e eram vistas por R$ 170.000 na versão Highline, a única disponibilizada.
Outro modelo retirado de linha por conta dos SUVs, o Volvo V60 foi um SW bastante tradicional da marca sueca, mas que foi ofuscado aos poucos pelo sucesso do XC60. Entre os outros motivos que decretaram o seu fim, podemos listar a própria ofensiva da marca em modelos da linha XC e a ausência de uma variante híbrida.
[Fotos: Divulgação]