Lançado no Brasil em 2008, o Dodge Journey é comercializado desde então sem mudanças significativas, fazendo com que ele sentisse sim o peso dos anos, mesmo com pontuais alterações. Apesar de a produção ter sido terminada há dois anos, ainda é possível encontrar as últimas unidades nos estoques de algumas concessionárias no nosso país.
No entanto, o modelo ganhou um “irmão de outra mãe” que também não fez tanto sucesso, mas era um tanto mais badalado por ser um modelo comercializado pela Fiat. Falo do Freemont, apresentado por aqui em 2011, mesmo ano da reestilização do Dodge, mas com mudanças estéticas, apesar de manter diversas semelhanças, inclusive o motor 2.4 Tigershark de 170 cavalos e a unidade fabril. Diferente do irmão, não recebeu motor 3.6 V6 com a finalidade de evitar rivalidade direta.
Voltando ao foco da matéria, falaremos da variante do Dodge Journey apresentada em 2015 que trazia um diferencial importante: tração integral. Com motor 3.6 V6 Pentastar, dispõe de 280 cavalos de potência a 6.350 rpm e torque de 34,9 kgfm a 4.350 rpm, aliado ao câmbio automático de seis marchas com conversor de torque já trazido pela versão R/T de tração dianteira. Eram bons números para a época, lembrando que a realidade era outra e que hoje é possível encontrarmos esses números em motorizações 2.0 com turboalimentação, graças à tecnologia.
⇒ Usado até R$ 70 mil: Golf Comfortline 1.4 TSI 2015
⇒ Usado até R$ 70 mil: Hyundai Veloster 1.6 Automático 2013
⇒ Usado até R$ 70 mil: Volkswagen Jetta Comfortline TSI 2017
Apesar disso, não é um conjunto mecânico ruim e dá conta do peso do modelo que é elevado, mas que merece atenção quanto à manutenção. Problemático? Não por isso, mas por ser um carro descontinuado que teve poucas vendas e com uma rede de concessionárias bem reduzida no território nacional, além de altos custos de peças. Outro fator é o consumo, pois se trata de um veículo pesado com motorização V6, traduzindo em médias mais elevadas.
No tocante aos itens de série, o Dodge Journey R/T AWD 2015 traz ar-condicionado digital com saídas para a traseira, direção hidráulica, vidros elétricos com função one touch apenas para os dianteiros, travas elétricas, retrovisores externos com regulagem elétrica, bancos revestidos em couro, banco do motorista com ajustes elétricos, volante regulável em altura e profundidade com comandos de som e do piloto automático, rodas de 19 polegadas, central multimídia UConnect com tela de 8,4 polegadas no painel + multimídia de 10 polegadas para os ocupantes traseiros, câmera de ré, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, 7 airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista), entre outros itens.
Segundo pesquisa realizada no site WebMotors em Setembro/2020, o valor de tabela Fipe é de R$ 68.703, mas com preço médio no site de R$ 68.600. Vale a compra? Bom, falamos aqui de um modelo confortável, completo, seguro, bem construído e com acabamento primoroso. Caso sua necessidade seja um bom espaço interno – entre-eixos de 2,89 metros, um porta-malas com boa capacidade (580 litros com 5 lugares), bem como carregar mais passageiros com os sete lugares disponíveis é uma boa escolha.
Apesar disso, vale considerar que estamos falando de um SUV premium com cinco anos de uso, portanto, os gastos tendem a ser maiores com manutenção e até mesmo seguro. Uma vantagem é a isenção de IPVA em praticamente todos os estados, reduzindo um pouco esses custos.
[Fotos: Divulgação Dodge]