Comparativo - Citroën C3 Feel Pack 1 6 AT x Fiat Argo Trekking 1 3 CVT
Que o segmento de SUVs está dominando o mundo a cada dia todo mundo já sabe. São diferentes tipos de carroceria para agradar vários gostos, bem como atender muitas necessidades distintas. Contudo, os hatches compactos ainda são maioria e entre eles existe um nicho bastante específico e explorado.
Falo dos hatches com versões pseudo-aventureiras, aquelas que se apropriam de recursos de estética para passar uma impressão de mais robustez do que as versões mais convencionais. E uma das marcas mais “mestres” nisso é a Fiat, cujo representante atual entre os compactos é o Argo Trekking – isso sem falar do Mobi Trekking entre os subcompactos.
Porém, mais recentemente, a Citroën lançou a terceira geração do C3, rompendo totalmente o estilo anteriormente adotado e agora pegando essa “onda SUV” para si, trazendo suspensão elevada, molduras pela carroceria, além de um design mais quadrado na carroceria.
E ambos os modelos se enfrentam aqui, marcando o retorno dos comparativos do M.D.A, sendo as opções mais acessíveis para o público PcD que aliam transmissão automática e esse caráter aventureiro.
Começando pelo modelo da marca francesa, ele possui por baixo do capô o conhecido motor 1.6 16V aspirado EC5 que vem desde a época da finada PSA em vários modelos. Em termos de potência, são 120 cavalos no etanol e 113 cavalos na gasolina a 6.000 rpm, com torque de 15,7 kgfm e 15,4 kgfm nos mesmos combustíveis, respectivamente. Seu câmbio é automático com conversor de torque de seis marchas.
Já o representante da marca italiana traz o motor 1.3 16V Firefly com 107 cavalos no etanol e 98 na gasolina a 6.250 rpm, tendo torque de 13,7 kgfm no etanol e 13,2 kgfm na gasolina a 4.000 rpm. O câmbio é automático do tipo CVT que simula sete marchas.
Etanol
Gasolina
Lembrando sempre que essas médias divulgadas são do INMETRO e nem sempre traduzem a realidade, pois podem apresentar diferenças em virtude de diversos fatores, como condição climática, relevo, trânsito, forma de condução, entre outros.
Contudo, como podemos ver, embora não sejam médias ruins necessariamente, o hatch da marca francesa tem números ligeiramente inferiores aos do modelo da marca italiana. Isso se deve principalmente a dois fatores: primeiro o câmbio, uma vez que a transmissão CVT possui um apelo maior para a economia de combustível, além da concepção do motor Firefly ser mais recente.
O Citroën possui 3,98 metros de comprimento, 1,60 metros de altura, 1,73 metros de largura e 2,54 metros de entre-eixos. O porta-malas tem capacidade para 315 litros e o tanque de combustível possui capacidade para 47 litros.
Já o Fiat tem 3,99 metros de comprimento total, 1,72 metros de largura, 1,51 metros de altura e entre-eixos de 2,52 metros. O porta-malas tem 300 litros de capacidade e o tanque de combustível é de 48 litros.
Portanto, ambos possui dimensões relativamente similares, com o modelo da marca italiana ganhando em largura, mas com o modelo da marca francesa tendo entre-eixos e altura superiores, o que privilegia o espaço interno que é um dos maiores do segmento. Já no porta-malas, 15 litros os separam com mais uma vantagem para o C3, principalmente para comportar coisas mais altas.
O C3 Feel Pack traz em sua lista de equipamentos de série ar-condicionado manual, direção elétrica, vidros elétricos e travas elétricas nas quatro portas, alarme, painel com computador de bordo e tela de 3,5 polegadas, sensor de pressão dos pneus, volante multifuncional em couro com regulagem de altura, limpador e desembaçador traseiro, faróis com LED diurno integrado, maçanetas na cor do carro, rodas de liga-leve de 15 polegadas diamantadas, barras de teto longitudinais, banco do motorista com ajuste de altura, central multimídia touchscreen de 10 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, duas entradas USB para a traseira, freios ABS, controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, modo ECO de condução, entre outros itens. Não possui opcionais
Já o Argo Trekking dispõe de ar-condicionado manual, direção elétrica, vidros elétricos e travas elétricas nas quatro elétricas, computador de bordo, volante multifuncional com regulagem de altura, piloto automático, assinatura em LED nos faróis (não é DRL), rodas de liga-leve de 15 polegadas, pneus ATR, suspensão elevada, barras de teto, adesivos alusivos à versão, entre outras caracterizações. Na segurança, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, duplo airbag frontal e freios ABS. Opcionalmente possui o pacote Trekking Top que adiciona bancos e volante em couro, ar digital, além de chave presencial com partida por botão.
Pois bem, a lista de ambos é bastante parecida e sem muitas extravagâncias, trazendo aquilo que é o “necessário” para um veículo desse segmento. Contudo, o C3 entrega uma central multimídia mais atualizada e maior, além de ter espelhamento sem fio. Já o Argo contra-ataca com o opcional Trekking Top que custa R$ 2.990, relativamente pouco para o tanto que agrega e que o C3 sequer na versão topo possui.
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⇒ Comparativo: Fiat Pulse Impetus TF200 x VW Nivus Highline 200 TSI
*preços vigentes em fev/23 – consultar possível variação tributária em seu estado.
*sem adição de opcionais e(ou) cores.
| Modelo | Preço público | Preço PcD |
| C3 Feel Pack 1.6 AT | R$ 96.990 | R$ 79.544,64 |
| Argo Trekking 1.3 CVT | R$ 96.990 | R$ 78.644,80 |
Como podemos ver, ambos possuem o mesmo preço público geral, se distinguindo apenas o preço para pessoas com deficiência, mas com uma pequena diferença de R$ 900. Considerando a escassez de opções, ambos despontam como bons custos x benefícios, vide também a proposta “aventureira” de ambos.
Vale citar que tanto C3 quanto Argo possuem isenção integral de IPI, isenção proporcional de ICMS e bônus de fábrica.
C3
| Quilometragem ou tempo | Valor |
| 10 mil ou um ano | R$ 544 |
| 20 mil ou dois anos | R$ 838 |
| 30 mil ou três anos | R$ 544 |
| 40 mil ou quatro anos | R$ 1.188 |
| 50 mil ou cinco anos | R$ 544 |
| 60 mil ou seis anos | R$ 838 |
| Total | R$ 4.496 |
Argo
| Quilometragem ou tempo | Valor |
| 10 mil ou um ano | R$ 548 |
| 20 mil ou dois anos | R$ 744 |
| 30 mil ou três anos | R$ 564 |
| 40 mil ou quatro anos | R$ 1.736 |
| 50 mil ou cinco anos | R$ 592 |
| 60 mil ou seis anos | R$ 936 |
| Total | R$ 5.120 |
Ambos os modelos, como já dito anteriormente, dadas as condições atuais em que está o panorama de veículos com isenções para PcD, são boas opções sim para aquisição, cada qual com suas particularidades.
Mecanicamente, o C3 possui sim um motor mais defasado em relação ao Argo, impactado principalmente nas médias de consumo declaradas pelo INMETRO. Porém, por ser justamente mais consagrado, esse motor possui uma longevidade mais conhecida do que o motor do hatch da marca italiana que foi lançado em 2016 (o carro chegou em 2017). Além disso, o C3 dispõe de um custo de manutenções mais moderado que o Argo, também em razão dessa maior trajetória do 1.6 16V que o equipa.
No assunto itens, basicamente uma paridade entre ambos, mas quando vamos levar em conta a conectividade e a tecnologia, o C3 ganha do Argo por oferecer uma central multimídia maior, com espelhamento sem fio e mais recursos. Faltou à Fiat atualizar isso no facelift do hatch promovido em 2022.
Por último, ressalte-se que o Argo já possui certa consolidação no mercado brasileiro, ao passo que o C3 ainda constrói sua caminhada por aqui, embora comercializado há anos. Fato é que a Citroën de agora não é mais a mesma de antes, estando muito mais madura e em plenas condições de bater de frente com as principais marcas do cenário automotivo nacional.