Atendendo a pedidos e suprindo expectativas, o Mundo do Automóvel para PcD traz uma segunda parte da avaliação do Jeep Commander na versão Limited com motor turbo diesel e tração 4×4. Na primeira parte abordamos pontos mais específicos, como tecnologia, acabamento e conforto, ficando agora um espaço reservado para o comportamento tanto urbano quanto rodoviário. Teremos ainda uma parte três para comentarmos sobre a aptidão off-road.
Começando sobre o uso urbano do Jeep Commander, como é de se esperar, tem dimensões um tanto quanto elevadas para essas circunstâncias, mas não é algo que desabone e muito menos signifique que ele faça feio. Com uma suspensão e altura em relação ao solo adequadas (225 mm), absorve de forma muito boa os impactos da via e os calçamentos ruins que são tradicionais em muitas cidades do Brasil.
O diâmetro de giro de 11,5 graus proporciona ao condutor a realização de manobras com facilidade e sem abrir muito a direção, como é comum em veículos de maior tamanho. Outro ponto que facilita muito a condução do Commander é a direção elétrica que, particularmente falando, pareceu um pouco mais agradável e macia que a do Compass.
Seu desempenho é interessante para uma demanda urbana, tendo o fator de ser diesel como um facilitador, pois o bom torque de 38,7 kgfm vem logo a 1.500 rpm e saídas de semáforo, por exemplo, são feitas sem maiores dificuldades.
Já o consumo do modelo, aferido durante os dias de avaliação sempre com ar-condicionado ligado se manteve na casa de 9,5 a 10 km/l, lembrando que o modelo é movido a diesel. Considerando o peso do modelo que é próximo de duas toneladas, temos aqui uma média adequada, mas vale frisar: cada um possui uma realidade diferente e isso acarreta diretamente no consumo.
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Passando agora para o uso rodoviário do modelo, os elogios pertinentes a suspensão se mantém por aqui e com um adicional importante já mencionado na primeira parte: boa estabilidade em curvas, já que ele não “joga” a traseira como alguns SUVs de sete lugares com maior porte. O piloto automático adaptativo permite ao condutor uma viagem mais segura e confortável, além de manter o motor em um giro adequado para o uso e como consequência um bom consumo.
Em maiores rotações, pudemos notar o bom isolamento acústico da cabine, mesmo sendo um veículo a diesel, mas ao mesmo tempo ao pisar um pouco mais forte no pedal do acelerador, em ultrapassagens, também é perceptível uma pequena letargia para encher a turbina e impulsionar o veículo. Nada que o torne inseguro ou ruim de andar, mas para aqueles que preferem uma resposta mais rápida pode ser um “empecilho” – tal característica em veículos movidos a diesel é um tanto comum. Uma questão que poderia ajudar a tentar amenizar essa situação é um acréscimo de potência do motor, mas apenas o torque foi revisto.
Outra ponderação fica para o câmbio automático de nove marchas bastante competente, mas que após a sexta marcha se mostra um pouco “indeciso” sobre em qual ficar e oscilante entre sexta, sétima e oitava, com a nona nitidamente como uma função de Overdrive e raramente utilizada.
O consumo, porém, é mais um ponto positivo e variou entre 12,5 e 13 km/l no trecho de pouco mais de 230 km considerando ida e volta em pista simples. Isso sempre obedecendo a velocidade da via e com alguns períodos tendo o ACC acionado.
Já em pistas duplas, percebe-se uma condução mais folgada do SUV e obtivemos médias na casa de 13,5 km/l. O consumo do Commander nos mais de 500 km percorridos foi de 10,7 km/l, considerando uso urbano e rodoviário juntamente – o chamado consumo misto.