Baixa desvalorização, alto poder de revenda, baixa incidência de problemas, conforto, acabamento bacana e economia de combustível são alguns dos inúmeros predicados dados por muitos que fizeram que o Toyota Corolla se tornasse há anos e continue até hoje um fenômeno de vendas não somente nacional como mundial, mas claro que cada mercado possui suas particularidades.
Líder de vendas ininterrupto no segmento de sedans médios no país desde 2014 (anterior a isso ele também já foi líder em algumas ocasiões), sempre teve em seu encalço o também ícone Honda Civic, uma vez que o público predominante de compra entre um modelo e outro é um tanto diferenciado. Público mais conservador no Corolla e mais ousado no Civic. Porém, na novíssima geração, a japonesa Toyota traz um conceito de um sedan que alia o conservadorismo com uma esportividade realçada no design externo do veículo, com linhas mais agressivas e inovadoras para segundo a própria Toyota retirar um pouco do estigma de “carro de vovô”.
Para PcD, desde o ano passado não dispõe mais de uma versão exclusiva, mas sempre foi um modelo bem quisto para esse público tão crescente na busca por veículos com isenção de impostos e nessa nova geração, a décima segunda, não deve ser diferente. Com a isenção somente de IPI já está atraindo um grande número de interessados, inclusive proprietários da antiga versão PcD denominada GLi Tecido que estão em busca de manter um carro com as mesmas qualidades e ainda reforçado em vários quesitos. Confira maiores detalhes do modelo.
Montado sob a plataforma global TNGA, a mesma do Toyota Prius, o sedan médio da marca japonesa conta com uma maior solidez construtiva, materiais melhor aplicados e que podem proporcionar uma melhor experiência de conforto, dirigibilidade e segurança, três pilares básicos que a marca busca aperfeiçoar a cada geração.
No tocante a motorização, que detalharemos a seguir, a Toyota traz duas opções 100% novas de propulsores para o Corolla, sendo uma aspirada à combustão com injeção direta e indireta de combustível, além de outra um tanto na contramão do segmento, que traz motorizações turbo na onda do downsizing, aliando baixa cilindrada, eficiência e desempenhos bem satisfatórios. Tão inovador e atual quanto aos motores turbo, a Toyota traz um powertrain híbrido para o modelo, sendo o único da concorrência a ter tal tecnologia à disposição, mesclando motor 1.8 aspirado e dois motores elétricos.
Traz também o novo câmbio CVT Direct Shift com dez velocidades simuladas e a primeira marcha mecânica com o intuito de melhorar a arrancada do modelo e diminuir ruídos, sendo assim proporcionando melhor desempenho sem afetar o consumo de combustível. Na segurança, traz sete airbags, controles de tração e estabilidade desde a versão de entrada, mas nas opções mais completas conta com tecnologias de condução praticamente autônoma, o Toyota Safety Sense vem com alguns aparatos como piloto automático adaptativo, entre outras novidades.
Hora de tratarmos das novidades no conjunto mecânico do best seller japonês. Começaremos falando do novo motor 2.0 Dual VVT-iE 16V DOHC Flex (Dynamic Force) que apesar de aspirado conta com injeção direta e indireta de combustível, além de Ciclo Atkinson para gerar maior economia de combustível, proporcionando boas médias de consumo.
No desempenho são 177 cavalos de potência a 6.600 rpm e torque de 21,4 kgfm a 4.400 rpm quando o combustível utilizado é o etanol. Na gasolina o modelo possui 169 cavalos de potência e o mesmo torque de 21,4 kgfm, ambos nas mesmas faixas de rotação, respectivamente. Em relação ao 2.0 da geração anterior, representa um ganho de 23 cavalos e 0,6 kgfm de torque com etanol, mas que fazem toda a diferença na hora de andar, sobretudo em estrada. O câmbio para essa motorização é o CVT Direct Shift seqüencial com dez marchas virtuais que contribui para um maior vigor do modelo, mas com uma diferença: a versão GLi não dispõe de paddle shift para trocas manuais nem de modo Sport de condução, já as versões XEi e Altis 2.0 trazem esses reforços.
Hora então de apresentar uma baita novidade, o conjunto mecânico do Corolla Hybrid. Estamos falando do propulsor 1.8 VVT-i 16V DOHC Flex com dupla injeção de combustível (direta e indireta) movido a etanol e a gasolina que atua em conjunto com três propulsores elétricos. Sozinho tem potência de 101 cavalos a 5.200 rpm com torque de 14.5 kgfm a 3.600 rpm. Os dois motores elétricos geram potência de 72 cavalos com torque de 16.6 kgfm. Podem parecer números modestos, sobretudo comparando com o crossover RAV4 que também possui propulsão híbrida e já foi mostrado por nós recentemente, mas quem já andou diz que dá conta do recado e o seu foco maior, o consumo, é plenamente atendido. O câmbio utilizado é o HEV Transaxle com transmissão variável contínua, ou seja, CVT com quatro modos de condução (Normal, Eco, Power e EV – Electric Vehicle). O modelo possui tração dianteira e uma das outras novidades é a presença de suspensão traseira do tipo Multilink, anteriormente o sedan possuía eixo de torção.
São 4.630 mm de comprimento total (10 mm a mais em relação à geração anterior), 1.780 mm de largura (ganho de 5 mm), 1.455 mm de altura (20 mm mais baixo) e 2.700 mm de entre-eixos (medida mantida). O porta-malas possui capacidade para 470 litros, assim como o Corolla anterior e o tanque de combustível possui capacidade para 50 litros nas versões 2.0 e 43 litros nas versões Hybrid.
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Toyota Corolla GLi 2.0 CVT
A versão de acesso do Toyota Corolla 2020 conta com praticamente os mesmos itens da geração anterior, mas com alguns ganhos. Conta com ar-condicionadomanual, direção elétrica, vidros elétricos com função um toque, travas elétricas, retrovisores elétricos eletrorretráteis, sensor crepuscular, banco do motorista com regulagem manual, bancos traseiros bipartidos com apoio de braço central e porta-copos, apoios de cabeça embutidos na traseira, volante regulável em altura e profundidade e painel analógico + computador de bordo com tela de 4,2 polegadas colorida em TFT.
Além de faróis halógenos com luz diurna em LED e ajuste de altura, lanternas traseiras com luzes de freio, ré e neblina em LED, repetidores de seta nos retrovisores externos que são pintados na cor do veículo, assim como as maçanetas, volante com comandos de áudio e computador de bordo, lanterna traseira de neblina, central multimídia Toyota Play touchscreen de oito polegadas e as seguintes funções: rádio, MP3, USB, Bluetooth, espelhamento SDL, Android Auto ou Apple CarPlay e câmera de ré, controles eletrônicos de tração e estabilidade, freios ABS com BAS e EBD, sistema ISOFIX, sete airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista), interior na cor preta com bancos mesclando couro e tecido, rodas de liga leve de 16 polegadas, entre outros itens.
Toyota Corolla XEi 2.0 CVT
A versão intermediária do modelo e que representa o maior volume de vendas traz como complemento os faróis de neblina em LED, ar-condicionado automático de uma zona, interior preto com revestimento total em couro, chave presencial Smart Entry com partida por botão Start Button/Push Start, rodas de liga leve com tonalidade escurecida de 17 polegadas, controle de velocidade de cruzeiro (piloto automático), retrovisor interno eletrocrômico, modo Sport de condução e paddle shift para trocas manuais.
Toyota Corolla Altis 2.0 CVT
A versão topo da gama do Corolla com motorização 2.0 Dynamic Force aumenta bastante a lista de equipamentos de série do modelo, adicionando função dual zone para o ar-condicionado digital, faróis e lanternas totalmente em LED, banco do motorista com ajustes elétricos, revestimento interno em couro nas cores bege e marrom, sensor de chuva, rodas diamantadas com o mesmo desenho e tamanho da versão XEi, retrovisores externos elétricos com rebatimento automático ao fechar o carro, teto solar elétrico (nunca antes visto num Corolla brasileiro) e o Toyota Safety Sense que engloba controle de velocidade de cruzeiro adaptativo (piloto automático adaptativo), assistente de pré-colisão com alerta sonoro e frenagem automática caso precise, alerta de mudança de faixa e farol alto automático.
Toyota Corolla Altis 1.8 Hybrid CVT
Oferecida pelo mesmo valor da versão acima, traz praticamente a mesma lista de itens de série da versão XEi com motor 2.0, diferenciando-se logicamente pelo conjunto mecânico e pelos seguintes itens: Toyota Safety Sense, painel digital com tela de TFT de sete polegadas e faróis totalmente em LED.
Toyota Corolla Altis Premium 1.8 Hybrid CVT
A versão topo do modelo traz a mesma lista de itens de série da versão Altis 2.0 e acrescenta o painel totalmente digital de sete polegadas. Contudo, a nomenclatura Premium se dá pelo fato da maioria dos itens abrangerem o Premium Pack que agrega R$ 6.000 ao valor do Altis Hybrid.
Obs: na cor sólida Branco Polar.
Versão | Preço público | Preço PcD |
GLi 2.0 CVT | R$ 101.990 | R$ 91.842 |
XEi 2.0 CVT | R$ 112.990 | R$ 101.748 |
Altis 2.0 CVT | R$ 128.990 | R$ 116.136 |
Altis 1.8 Hybrid CVT | R$ 128.990 | R$ 116.136 |
Altis Premium 1.8 Hybrid CVT | R$ 135.990 | R$ 122.438 |
Os valores ainda não foram divulgados, mas uma informação importante é o aumento da garantia do modelo que passou pra cinco anos e no caso do Corolla Hybrid os componentes elétricos possuem garantia de oito anos.
Motores: 2.0 Dynamic Force flexível e 1.8 VVT-i 16V flexível + dois motores elétricos
Cilindradas: 1986 cm³ e 1798 cm³
Potências: 177 cv/169 cv @ 6.600 rpm (2.0-E/G) e 101 cv @ 5.200 rpm (1.8-E/G) + 72 cv (motores elétricos)
Torques Max.: 21,4 kgfm @ 4.400 rpm (2.0–E/G) e 14,5 kgfm @ 3.600 rpm (1.8-E/G) + 16,6 kgfm (motores elétricos)
Transmissão: CVT com dez velocidades simuladas
Direção: Elétrica
Suspensão: Independente McPherson na dianteira e Multilink na traseira
Freios: Discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira, ABS
Pneus/Rodas: 205/55 R16 e 225/45 R17
Dimensões: Comprimento 4.630 mm; Largura 1.780 mm; Altura 1.455 mm; Entre-eixos 2.700 mm
Capacidade do tanque: 50 L/43 L.
Porta-malas: 470 L.
Peso ordem de marcha: 1.375 kg (GLi), 1.405 kg (XEi e Altis 2.0), 1.440 kg (Altis Hybrid) e 1.445 kg (Altis Premium Hybrid)
[Fotos: Divulgação Toyota]