Saiba como as tecnologias semiautônomas contribuem com o condutor PcD de veículo

Cada vez mais avançadas, assistências à condução são fortes aliadas na segurança viária, de ocupantes de veículos até pedestres.

Honda Sensing
Honda Sensing

É fato que com o passar dos anos e a crescente evolução do mundo em diversos aspectos, a tecnologia vem sendo grande contribuinte para a qualidade de vida do ser humano. Isso vai desde a um simples aplicativo de mensagens no celular até mesmo a assistências de condução de um veículo. 

E esses assistentes estão sendo cada vez popularizados e requisitados pelo público, vide até mesmo o fato de que os órgãos de segurança veicular mundo afora contabilizam isso como critério para pontuar os carros nos testes. Falando de Brasil, um grande responsável pela popularização de recursos de segurança semiautônoma é o Honda City que na versão mais completa já traz uma série de itens, isso sem falar de outros modelos.

Porém, não podemos falar deles sem deixar de falar das pessoas com deficiência que, progressivamente, estão conquistando sua independência em diversas funções, inclusive na condução de um veículo. É sabido também que cada deficiência possui sua especificidade, não podendo então ser algo generalizado. Contudo, também sabemos que em virtude das sequelas trazidas pela patologia, elas precisam de auxílios.

Uma pessoa com deficiência nos membros inferiores por exemplo, dirige apenas com as mãos, pois uma delas é responsável por acelerar e frear. E um dos assistentes que mais privilegia uma condução confortável e, acima de tudo, segura, é o ACC – Adaptive Cruise Control ou Controle de Cruzeiro Adaptativo.

Sua função é manter uma distância do veículo da frente de acordo com os comandos dele e numa velocidade preordenada. Ou seja, numa rodovia com um veículo tendo acionado o ACC a 90 km/h, ele não passará disso, mas manterá segurança do veículo a frente e caso ele freie, o seu também freará. Porém, alguns sistemas obrigam o condutor a frear quando chega em certa velocidade e outros freiam até parar totalmente se for o caso.

E isso se complementa à frenagem automática de emergência (AEB em algumas montadoras), sistema esse que aciona o freio do veículo sem intervenção do motorista, objetivando a prevenção ou mitigação dos efeitos de uma eventual colisão – podendo detectar em alguns casos até mesmo pedestres, ciclistas e motociclistas, os mais vulneráveis no trânsito.

Há ainda os assistentes de faixa com correção ativa, responsáveis por manter o carro na faixa de segurança da rodovia no caso de alguma desatenção ou outra condição do condutor, mas que no caso das PcDs, auxilia fortemente em algumas curvas mais fechadas, por exemplo, já que muitas vezes reflexos e movimentos são prejudicados por sequelas e (ou) forma de conduzir.

Pois bem, os assistentes disponíveis no mercado são diversos, sendo esses alguns dos principais adotados em boa parte dos veículos comercializados ao redor do mundo nos dias atuais!

Mas de que forma isso contribui na segurança viária?

Veículos com essas tecnologias podem detectar e auxiliar o condutor em condições adversas, ajudando a mitigar os acidentes no trânsito. Todo esse conjunto de funcionalidades cria um ambiente de direção mais seguro e eficiente, sobretudo para aqueles com função corporal limitada, como no caso das pessoas com deficiência.

Exemplificando, um condutor de veículo que acelere e freie com as mãos se depara com algum obstáculo, precisa desviar, mas não possui reflexo ou mobilidade o suficiente. Assim, um assistente de frenagem autônoma poderá reduzir os efeitos de uma colisão ou até mesmo evitá-la dependendo da velocidade.

Outro caso é o dos deficientes visuais, muitos com campo de visão comprometido. Detectores de ponto cego, por exemplo, podem ser capazes de evitar colisões e atropelamentos ao emitirem sinais sonoros ou demais alertas.

Novas tecnologias para a pessoa com deficiência

Quando o assunto é a inserção de novas tecnologias para auxiliar o condutor, há uma vastidão sobre o tema, observada a grande preocupação de montadoras e entidades com a segurança de condutores, passageiros e pedestres.

Entre as pessoas com deficiência não é diferente, podendo ser vistas mundo afora uma série de soluções que facilitam o uso de um veículo, o desenvolvimento da autonomia e garantem segurança.

Começando pelo assento do motorista, uma tecnologia já empregada e que pode ser mais difundida na indústria automotiva mundial, é aquele que faz uma inclinação de 45 graus para facilitar o acesso e saída do veículo e podendo até mesmo descer ao solo naqueles automóveis mais altos. Dessa forma, as PcDs gozariam de mais conforto, segurança e deixariam muitas vezes de depender de terceiros.

Outra tecnologia utilizada e que facilita a vida da pessoa com deficiência é um guincho instalado no porta-malas do veículo que objetiva a praticidade em colocar e retirar cadeira de rodas, sobretudo quando mais de uma pessoa com deficiência está o utilizando, já que se pressupõe que assim os cuidados devem ser ainda maiores.

Também com o mesmo mecanismo do equipamento acima, há ainda um braço mecânico que é responsável também pela retirada e colocação de cadeira de rodas do porta-malas, mas dessa vez fazendo ligação com o banco do motorista. Assim, um cadeirante condutor não depende de ajudantes para colocar a cadeira no carro, muito menos se desdobra colocando dentro do habitáculo, situação que a depender de alguns fatores pode gerar acidentes.

Conclusão

Com isso, apresentamos um pouco das tecnologias que são utilizadas atualmente na indústria automotiva e que podem servir aos usuários de forma abrangente, sem distinções. Porém, objetivamos também explicar como essas inovações auxiliam a vida da pessoa com deficiência que conduz um veículo, salientando que nem sempre se trata de mera comodidade, mas sim de segurança.

Ademais, mostramos também algumas soluções que podem sim ser vistas mundialmente, essas mais específicas para a pessoa com deficiência, mas que não são produzidas em larga escala e que poderiam ser empregadas pelas montadoras com o intuito de alavancar o mercado de veículos para PcD e quem sabe baratear os custos, haja visto que são produtos caros justamente pela baixa escala em que são produzidos.

Logo, fica claro que mesmo que a segurança viária seja um dever de todos nós que fazemos o trânsito e diariamente percorremos as ruas do país, independente de que modo estejamos, essa missão também é incumbida àqueles que produzem os veículos, missão a qual tem sido cumprida com louvor nos últimos anos e que só tende a render bons frutos para a sociedade.

Por fim, a pessoa com deficiência tem seu lugar no mundo e pode conquistar muito ainda, sendo a tecnologia assistiva uma forte contribuinte para isso, já que promove a independência de cada indivíduo.