O objetivo deste artigo é trazer uma visão sobre as consequências da pandemia do coronavírus no setor automotivo brasileiro em curto prazo, quantificando, de maneira orientativa, seus impactos na cadeia automotiva.
Países inteiros tiveram sua mobilidade restringida e atividades que envolvem aglomerações canceladas. Campeonatos esportivos, shows artísticos, feiras e eventos, reuniões de negócios, aulas e seminários foram suspensos com o objetivo de reduzir a expansão do contágio ao redor do planeta.
O surgimento de uma enfermidade tão contagiosa como esta tem causado pânico nas pessoas, nos mercados e nas atividades comerciais do mundo todo. Mesmo considerando que a prioridade é de salvaguardar a saúde e segurança da população, entendemos que o grande desafio da cadeia automotiva será o de gerenciar um “fluxo de caixa” extremamente fragilizado por impactos no suprimento, produção, vendas e distribuição de veículos.
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A indústria automobilística
Na indústria automobilística, as consequências também são multifacetadas e nossas premissas consideram o pico da disseminação do coronavírus nos próximos 30/45 dias e estabilização da propagação no último trimestre de 2020.
Impacto nas vendas: com a quarentena e regime de emergência adotados, o que acontece com a demanda por automóveis? As pessoas não sairão de casa, se sentirão inseguras em fazer investimento neste momento e grande parte da rede de concessionários estará fechada. Cai a venda de veículos 0 KM ou usados e os estoques que diminuíram nos dois últimos meses de 2020 serão impactados tanto pela perda de produção quanto pela falta de compradores.
Segundo a Bright Consulting, empresa de consultoria estratégica, é esperado que as vendas de veículos leves cheguem a 2,61 milhões de unidades em 2020 (- 3% em relação a 2019).
Operação e Distribuição podem ser afetadas. A distribuição e faturamento de veículos deverão ser impactadas a curto prazo. Por isso, faturamentos e entregas de veículos podem ficar em stand-by por um período.
[Foto: Divulgação]