Henrique Soares, tem 35, mora na cidade de Piracicaba-SP. Henrique precisava de um SUV com bom custo-benefício. Em setembro de 2017, decidiu trocar o seu Toyota Corolla por um Renault Captur Life; Confira sua opinião.
O pedido junto à concessionária Renault foi realizado no dia 13/09/17. Meu processo de isenção demorou exatos 78 dias. Creio que foi até “rápido” à época, perto da média que eu tinha conhecimento através de fóruns que participo (que era de mais de 90 dias). Foi para condutor.
Renault Captur Life – versão PCD.
Optei pelo Captur inicialmente porque desta vez queria comprar um SUV (estava saindo de um Corolla 2016). Avaliei todos os outros disponíveis (como Renegade, Creta e Kicks). De cara ele me pareceu o modelo que oferecia melhor custo X benefício. Infelizmente não deu tempo de comprar a primeira leva que foi o Zen Pack Tech, então tive que ir de Life mesmo.
R$ 53.553,14. Isenção IPI e ICMS. Não houve nenhum incentivo por parte da Renault na compra. O atendimento foi bom e a vendedora sempre atenciosa, apesar do não cumprimento de prazos (isso realmente muito desagradável). Até depois da compra, ela me ajudou com algumas questões que eu precisei.
Fiz Test Drive em todos os SUV’s disponíveis para compra (obviamente em versões superiores e não-PCD, já que as concessionárias nunca têm a versão PCD sequer no showroom).
Segue minhas impressões de cada um:
– Kicks: Logo de cara foi descartado por achar que o carro vem pelado demais (a pior ausência é a do piloto automático, essa é de matar) e o atendimento da Nissan não foi muito bom também. O vendedor muito sem vontade e ainda ficou “rateando” porque eu saí um pouco do percurso do test drive (como se eu tivesse que adivinhar, já que nem me guiar ele o fez). O acabamento do carro é bem simples. Fazendo o test drive na versão SL eu tive essa impressão, imagina a PCD… A favor dele tinha apenas o fato de ser o mais leve de todos, o que deve favorecer o baixo consumo.
– Renegade: No caso deste, nem test drive eu precisei fazer, pois já tive um (modelo Longitude AT Flex) e foi o carro mais lerdo que já tive em toda a vida rs… como já conhecia bem o modelo, dispensei o test drive. Mas, ainda considerava a compra. Uma vez que a oferta de modelos para PCD está cada vez menor, nenhum modelo pode ser totalmente descartado.
A favor do Renegade contam o bom acabamento (realmente acima dos demais) e o ótimo atendimento da rede Jeep. Contra, o motor subdimensionado para o peso do carro e o fato de ter que gastar um bom dinheiro para equipar a versão PCD (rodas de liga, rack no teto, som etc etc). Mesmo tendo adotado o novo motor, não acredito que tenha melhorado sensivelmente o desempenho do carro. Muito embora tenha sido amplamente propagado tal melhora, não me convenço de que seja um ganho real…
– Creta: Fiz o test drive na versão Pulse 1.6 AT ainda quando não tinha dado entrada no processo de isenção. Foi mais para conhecer mesmo. Embora o percurso tenha sido curto, deu pra sentir o carro em diferentes relevos (subidas, descidas, retas) e ficou devendo fôlego na subida, o que já era esperado assim como no Renegade e no Captur – todos os 3 pesados para os motores que os equipam. Interessante foi o sistema start-stop. Funciona bem e tal sistema promete melhora no consumo em cidade. Não foi o escolhido porque suas vendas estavam suspensas quando minhas isenções ficaram prontas. Além disso, achei que o acabamento dele fica um pouco abaixo do Renegade (mas acima do Captur) e o Captur é mais equipado também.
Sim, foi adaptado com acelerador e freio manual da Cavenaghi. Foram instalados: todo o acabamento externo da versão Intense (rodas diamantadas, régua da placa e frisos cromados e skids dianteiro e traseiro), central multimídia com câmera de ré, parafusos antifurto nas rodas e insulfilm.
Um comentário: todas as peças para transformar o carro na versão Intense (externamente) foram compradas na Renault e o preço foi absurdo. Quando digo absurdo, me refiro a se tratar de mero plástico vendido a preço de ouro. Mas, como não tinha opção de comprar fora e queria muito, acabei pagando. A instalação também foi feita na Renault e meu carro foi o primeiro que fizeram o serviço. Capricharam (até mesmo para aprender e fazer nos demais).
Foram rodados 3.000km até o momento, praticamente 100% do tempo com o ar-condicionado ligado. Considero muito bom o consumo dado o peso e aerodinâmica que um SUV possui.
Médias de consumo:
Etanol Cidade: 6,0 km/l
Etanol Estrada: 10,8 km/l
Gasolina Cidade: 8,0 km/l
Gasolina Estrada: 13,5km/l
Sim.
1) Quando da entrega do carro, notei que uma das peças plásticas que emolduram o para-lama estava riscada e pedi para trocarem (tiveram que pedir a peça, eu esperar chegar e aí sim ir lá trocar);
2) Quando as rodas foram retiradas para diamantar, notei que a manga de freio dianteiro estava completamente enferrujada. Então, encaminhei o carro para a Renault com tal reclamação e recebi a seguinte resposta (lembrando que estamos falando de um carro que não tinha nem 200km rodados ainda): “É normal a peça estar assim pois como se trata de uma peça de ferro não tratado, é comum estar oxidado.” Até o fato de a peça não ser tratada e tudo mais eu entendo. Agora, num carro ZERO KM? Se o carro já tivesse sido comprado (e usado) há meses, tudo bem, mas num carro zerinho, é inaceitável pra mim. Digo para mim, pois com a Renault a situação ficou “elas por elas”.
Mantiveram a postura mesmo eu reclamando todas as infinitas vezes que me ligaram (da própria concessionária e também da Renault) para saberem como tinha sido o atendimento/visita à concessionária. Fazem todo aquele teatrinho fingindo preocupação e no fim não dá em nada.
3) Quando enfim a nova peça plástica do para-lama chegou, aproveitei a parada do carro e pedi para alinharem o conjunto capô/farol/para-lama esquerdo que estava desalinhado (com um vão desproporcional em relação ao lado oposto). Não ficou exatamente como eu esperava, mas melhorou um pouco.
Dado o relato acima, eu diria que o pós-venda é sempre solícito, sempre ouvem tudo o que você reclama. Mas, a maioria das vezes não resolvem (como vocês puderam ver). Não é uma característica apenas da Renault dentre as marcas, infelizmente.
Ainda não foi feita nenhuma revisão – não atingiu km ou tempo.
1) As portas são pesadas; 2) trepidação ao esterçar o volante (como se os pneus estivessem agarrando no piso); 3) acabamento no geral é bem pobre de materiais (não só no Captur – os concorrentes também são bem ruins); 4) mau aproveitamento de peças de outros modelos da marca e que deixam o carro horrível, como exemplo o ar condicionado manual que é o mesmo do Duster/Sandero. Acho que não deveria estar ali, num carro “superior”; 5) faltam mais porta-objetos espalhados pelo carro. Nisso ele é realmente ruim, pois você não acomoda nada muito bem nos poucos que existem; 6) localização inconveniente de alguns comandos: como exemplo, a do botão que aciona o cruise control/limitador de velocidade: entre os bancos, debaixo do freio de estacionamento. Difícil o acionamento, principalmente quando já se está em velocidade na pista e você precisa prestar atenção nisso (e não procurando botões).
A questão do seguro foi um capítulo à parte. A versão Life PCD havia sido colocada recentemente no mercado, então as seguradoras ainda não tinham tabela/referência para o modelo. Minha seguradora era a Liberty, da qual nunca mais quero ouvir falar.
Explico: tal seguradora aceitou meu endosso para o Captur, eu PAGUEI o endosso e só depois disso a Liberty veio me dizer que não ia aceitar mais o carro, que EU tinha que cancelar o seguro e, pasmem, EU ia ser penalizado no reembolso do valor que já tinha pago. Oras, por que eu? Eu não queria mudar de seguradora, a Liberty já tinha aceito o carro, eu já tinha até pago o valor do endosso e ELA quis rescindir comigo. Como sempre, no nosso país, os direitos são unilaterais. Depois de muita briga, consegui um reembolso mais “adequado”. Então, depois disso tudo eu fui obrigado a fazer um seguro novo, com outra seguradora (Tokio Marine) e pagar um valor muito mais alto do que seria na Liberty para ter meu carro segurado. Valor pago: R$ 2.425,00.
1) A altura em relação ao solo é excelente, bem como a posição de dirigir;
2) Bancos confortáveis;
3) Ar condicionado gela bastante;
4) Faróis iluminam muito bem, pois são superelipsoidais;
5) LED diurno de série;
6) O carro é lindo e chama muita atenção (o meu é marfim biton);
7) Cabine isola bem o que acontece no exterior (incluindo ruídos de vento na pista);
8) Suspensão filtra muitíssimo bem o asfalto lunar do Brasil (só pra isso serviu a economia porca da Renault em usar a plataforma do Duster no Captur – ao menos é bem robusta);
9) Porta-malas todo revestido e sem peças da lataria visíveis (e por consequência suscetíveis a riscos);
10) Sabe quando seu carro está imundo e você suja a calça entrando e saindo dele? No Captur isso não acontece, já que suas caixas de ar são “embutidas” (na verdade a porta as cobre) e como são vedadas por borrachas, nada de sujeira entrar ali – excelente solução adotada;
11) Câmbio CVT (o mesmo do Kicks) de bom funcionamento e que favorece a economia de combustível principalmente em cidade. Na estrada, ao uso conjunto com o cruise control, a dupla motor e câmbio não conversa muito bem e a condução fica desagradável. Precisa ir conhecendo o funcionamento de ambos e adotar o uso manual na alavanca de marchas para não “enlouquecer” o piloto automático na voracidade que tem em reduzir marchas desnecessariamente. Não que seja culpa exclusivamente do Captur, mas sim de modelos aspirados cuja potência é baixa. Um turbo mudaria totalmente esse comportamento, além de me parecer muito mais adequado ao tamanho/peso do carro.
Sim, estou satisfeito. Ao preço pago (já com isenções), valeu a pena. Se considerar o preço cheio e sem a adequação que a Renault faz para ficar dentro do limite (afinal a versão automática de entrada “oficial” Zen CVT começa em R$ 86.450,00), provavelmente não teria a mesma opinião. Para o público PCD, creio ser uma ótima opção.
Apesar da pouca quilometragem, deu pra notar que eu tenho o que falar dele (rsrsrs). É um ótimo carro que, como qualquer outro, tem defeitos e qualidades. Nenhum carro é (ou será) perfeito e o Captur é um deles. Como compra PCD, considero a melhor alternativa dos SUV’s pelo custo X benefício que tem (e que ainda cabe nas duas isenções). Recomendaria aos futuros compradores (e também para quem já tem) a diamantação das rodas. O visual do carro muda completamente na minha opinião. As demais coisas que instalei, vai do gosto de cada um. Então, é a única coisa com que se gastaria efetivamente caso o comprador não faça questão das demais que eu coloquei, pois o Captur vem com tudo (a despeito de um Renegade que nem som ou rodas de liga vem, ou Creta que nem tampão do porta-malas – este último, um absurdo). Como mencionei no início, o PCD tem cada vez menos opções de compra dado o limite atual para se encaixar nas duas isenções. E, neste cenário, minha escolha foi o Captur, sem nenhum arrependimento.