A Hyundai lançou a linha 2025 do SUV compacto que é um dos maiores sucessos da marca no Brasil, o Creta. Lançado por aqui em 2016, ele ainda está teoricamente na mesma geração, vide a manutenção da plataforma, mas o modelo lançado em 2021 é tratado como segunda.
E foi ele um alvo de diversas polêmicas, pois adotou um visual bastante controverso, mas que com o tempo passou a ser mais agradável aos olhos de alguns. Prova disso é que mesmo assim ele não deixou de fazer sucesso e figura como um dos modelos mais vendidos do concorrido segmento de SUVs e crossovers.
Para o novo ano-modelo, a marca buscou trazer um design mais “convencional” e inspirado em outros modelos de sucesso no exterior.
Veja os 5 pontos que mais agradaram e os 5 pontos que não agradaram tanto na nossa avaliação.
1.Design
Que o design é algo subjetivo não restam dúvidas, mas é quase um consenso de que o Hyundai Creta está mais bonito do que anteriormente, adotando linhas mais conservadoras e com forte inspiração no Palisade, SUV de 8 lugares da marca sul-coreana vendido lá fora e que também estreia no Brasil.
A dianteira traz uma grade retangular com elementos internos em black piano ou cinza fosco dependendo da versão, luzes diurnas em LED que nas versões mais caras são integradas por uma barra iluminada e conjunto óptico que pode ser halógeno ou de LED em uma porção separada.
Já a traseira também traz lanternas integradas num estilo bem similar ao adotado pelo VW T-Cross 2025, com iluminação parcialmente em LED nas versões de acesso e totalmente nas versões topo.
2.Acabamento
Particularmente esperava na linha 2025 do Creta a adoção de materiais suaves ao toque, o famoso soft touch, mas a marca sul-coreana manteve os plásticos rígidos por todo o interior.
Contudo, embora em termos de material isso não seja tão positivo, está na média do segmento, tendo clara qualidade não só pelo aspecto, mas também pela montagem ausente de rebarbas.
3.Lista de equipamentos
Desde a versão de entrada, o Hyundai Creta dispõe de chave presencial com partida por botão, central multimídia com espelhamento sem fio, seis airbags, rodas de liga-leve, painel digital que varia com a versão, sensor crepuscular, entre outros recursos.
Já a partir da versão intermediária Limited já podemos encontrar assistentes à condução, como frenagem automática de emergência e assistente de permanência em faixa, além de carregador por indução e ar digital de duas zonas. Seu custo x benefício é tido como um dos melhores.
Já a partir da Platinum são encontrados teto-solar panorâmico, piloto automático adaptativo, central multimídia maior, painel digital de 10,25” (4,2” nas anteriores), freio de estacionamento eletrônico, seletor de modo de condução e câmera 360º com o assistente de ponto cego que exibe uma imagem no painel reproduzida por baixo do retrovisor.
A versão topo Ultimate reúne de forma exclusiva retrovisor eletrocrômico, banco do motorista parcialmente elétrico, alerta de tráfego cruzado, entre outros itens.
4.Substituição do motor 2.0 aspirado pelo 1.6 turbo
A versão Ultimate do Creta trocou o já defasado motor 2.0 aspirado de até 166 cavalos de potência por um motor 1.6 turbo com injeção direta movido apenas a gasolina de 193 cavalos e 27 kgfm de torque herdado do SUV médio Tucson.
Ainda não foi possível andar no veículo, mas ao analisar os dados técnicos é notória a mudança que o carro tem não apenas em desempenho, mas em eficiência, já que o modelo ganhou potência e torque, além de faixas de rotação mais baixas. Com isso, o modelo tende a ficar mais econômico.
As outras versões seguem com o bom motor 1.0 turbo de 120 cavalos e 17,5 kgfm. Independente de propulsor, câmbio automático de seis marchas com conversor de torque.
5.Espaço interno
Com 2,61 metros, o Hyundai Creta dispõe de interessante espaço interno, ficando próximo do T-Cross com 2,65 metros e detentor do melhor espaço do segmento. Isso faz dele também um SUV compacto que se aproxima consideravelmente de um médio.
Isso, pois quando vamos para um Jeep Compass, seu entre-eixos é de 2,63 metros, ou seja, a diferença na prática acaba não sendo tão considerável e, por pertencer a um segmento acima acaba por ter preços superiores. Logo, muitos clientes acabam optando pelo Creta quando se prioriza o espaço interno.
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1.Porta-malas raso
O porta-malas do Creta possui 422 litros, uma das maiores capacidades do segmento e que também o aproxima de modelos do segmento superior, mas um ponto que pode ser decisivo é o fato de que o compartimento é relativamente raso.
Ou seja, o espaço acaba não sendo aproveitado da forma como se deve, pois ao abrir o espaço destinado ao estepe, fica perceptível que a marca poderia adotar um sistema de “dois andares”, visando deixar ligeiramente mais profundo e facilitando também o armazenamento de alguns volumes.
2.Painel digital e central multimídia das versões de acesso
As versões Comfort e Limited até possuem central multimídia e painel digital, mas de forma totalmente diferente das versões Platinum, N Line e Ultimate. Enquanto nas mais completas ambos possuem telas maiores e de qualidade superior, as versões inferiores apelam para telas menores e de menor resolução.
O painel digital, por exemplo, é o mesmo da linha HB20, tendo um computador de bordo de 4,2 polegadas e o entorno bastante simplificado. Talvez se a Hyundai tivesse aplicado o painel digital do Creta 2024 teria ficado de forma mais ornada.
3.Ausência de sensor de chuva
Recurso ausente no modelo da Hyundai é o sensor de chuva, embora ele tenha o intermitente variável que é de bastante serventia. Contudo, num veículo onde já tem os recursos de sensor crepuscular e de retrovisor fotocrômico, a ausência dele é bastante sentida.
É certo que quando o condutor perceber a chuva ele acionará o limpador do para-brisa, mas querendo ou não, o recurso do sensor também é presente em alguns veículos de preço menor.
4.Posição da luz de ré
Assim como as luzes de seta do HB20, a Hyundai colocou a luz de ré do Creta 2025 no para-choque traseiro de forma centralizada. Ela fica até relativamente alta, mas possui iluminação halógena, o que a torna um pouco mais fraca em relação ao LED.
Ademais, passa uma clara sensação de improviso, onde os engenheiros e designers projetaram o carro, mas aos “45 do segundo tempo” se lembraram da necessidade de tal luz.
5.Banco do motorista quase elétrico
A Hyundai sanou na versão topo de linha do Creta uma ausência que era bastante sentida, a de ajustes elétricos para o banco do motorista. Contudo, sanou apenas parcialmente, pois o ajuste de altura do banco deve ser feito de forma manual.
Ou seja, o banco do motorista possui regulagem parcialmente elétrica, enquanto temos carros vendidos no país até com regulagem elétrica para a lombar.