O Jeep Renegade em sua versão de entrada, a T270, tem um dos motores mais potentes da categoria, mas não é perfeito. Ele combina desempenho e bom 0 a 100 km/h, mas perde pontos em consumo e espaço interno.
O SUV compacto, que custa a partir de R$ 118.290, enfrenta concorrência forte no segmento. Apesar do visual robusto, há pontos que merecem atenção. Se você pensa em comprar um, confira os principais motivos para investir e também para reconsiderar sua escolha.
Pontos positivos
1. Desempenho

Mesmo com a adequação ao Proconve L8, que reduziu sua potência, o Jeep Renegade continua sendo um dos mais potentes do segmento. Seu motor 1.3 turbo flex gera 176 cv a partir de 2025. O torque de 27,5 kgfm, tanto no etanol quanto na gasolina, garante boas retomadas e ultrapassagens. Além disso, a transmissão automática de seis marchas e a tração dianteira proporcionam um bom equilíbrio. Com essa configuração, o SUV acelera de 0 a 100 km/h em menos de 9 segundos.
2. Acabamento acima da média

O Renegade se diferencia dos concorrentes pelo acabamento interno. Apesar do uso de plásticos rígidos, o material é de boa qualidade e tem uma tonalidade agradável. O painel conta com revestimentos macios ao toque, o que reforça a sensação de sofisticação. Além disso, os encaixes são bem-feitos, sem rebarbas ou falhas, garantindo um padrão superior em comparação com outros SUVs compactos.
3. Suspensão

Outro ponto positivo é a suspensão, que se destaca pelo conforto ao rodar. O Renegade encara ruas esburacadas sem transmitir impactos excessivos para a cabine. Isso ocorre porque todas as versões trazem suspensão independente nas quatro rodas. Diferente de rivais que usam eixo de torção na traseira, o sistema multilink proporciona melhor absorção de impactos e mais estabilidade. O resultado é um rodar mais suave e agradável para motoristas e passageiros.
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Pontos negativos
1. Consumo elevado

Nos testes realizados, o consumo do Jeep Renegade não impressionou. Utilizando gasolina, o SUV fez entre 8,7 e 9,3 km/l na cidade com o sistema Start&Stop ativado. Na estrada, a média foi de 13 km/l, caindo para 12 km/l ao ativar o modo Sport. Esses números estão abaixo dos divulgados pelo Inmetro, que indica 11 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada com gasolina. Portanto, se economia de combustível for essencial, talvez seja melhor considerar outras opções.
2. Espaço interno limitado

Para quem precisa de um carro espaçoso, o Renegade pode decepcionar. Seu entre-eixos de 2,57 metros restringe o conforto dos passageiros do banco traseiro. Em comparação, o Volkswagen T-Cross tem 2,65 metros de entre-eixos, proporcionando mais espaço para as pernas. A diferença de 8 cm pode parecer pequena, mas na prática faz bastante diferença, principalmente em viagens longas ou para quem transporta passageiros com frequência.
3. Porta-malas pequeno para um SUV

Outro ponto que pesa contra o Renegade é o tamanho do porta-malas. Apesar do visual imponente, o compartimento de bagagens oferece apenas 320 litros de capacidade. Esse volume é inferior ao de concorrentes diretos, como Volkswagen T-Cross (373 litros), Chevrolet Tracker (393 litros) e Hyundai Creta (422 litros). Para quem precisa de mais espaço para malas e bagagens, pode ser necessário buscar alternativas no segmento.
4. Perda de equipamentos

O Jeep Renegade 1.3 Turbo, o T270, é a versão de acesso vendida prioritariamente ao público PCD. Em outubro de 2024, a marca aumentou o preço público do modelo, que passou a custar R$ 118.290. Com isso, os assistentes de condução e a central multimídia passaram a fazer parte do Pack Tech. Ao incluir esse pacote, o preço do veículo ultrapassa R$ 120.000, fazendo com que ele perca a isenção de ICMS para pessoas com deficiência (PCD). Essa mudança pode impactar diretamente o custo-benefício para quem busca o modelo com isenção fiscal.
