Jeep Commander Overland é elegante e imponente

SUV de sete lugares foi avaliado pelo M.D.A na versão Overland com motor 2.0 turbo a gasolina.

Jeep Commander Overland Hurricane 2025
Foto/Mundo do Automóvel para PCD

Nesses pouco mais de três anos fazendo diversas avaliações de veículos, pela terceira vez o Mundo do Automóvel para PcD testa um exemplar do SUV médio de sete lugares da Jeep, o Commander. E, sem pestanejar, trata-se de um dos favoritos deste que vos escreve, simplesmente por atrair em um só veículo uma série de predicados.

Mas antes de falar dos predicados, precisamos falar de quem é o Jeep Commander. Nada mais é que um dos maiores e “recentes” sucessos da marca no mercado brasileiro, produzido na fábrica de Goiana (PE) com os já longevos Renegade e Compass, sem falar em Fiat Toro e RAM Rampage, todos modelos de mesma plataforma – a Small Wide.

Foi lançado em 2021, cinco anos após o Compass, modelo de grande sucesso desde o início e que foi o precursor do Commander, já que deriva diretamente dele. No entanto, se engana quem pensa que é um mero “Compass esticado” e isso vai além do que se vê, mas isso será pauta de outra matéria. Abordaremos aqui assuntos como visual, conteúdo, acabamento e tecnologia.

E o Commander é inegavelmente um veículo que costuma chamar a atenção por onde passa, até mesmo em locais onde se vê “aos montes”, como é o caso de Natal (RN), cidade a qual resido. A dianteira traz a tradicional identidade visual da marca Jeep com a grade em “sete fendas” que nas versões com o motor Hurricane ganhou novos elementos internos. O conjunto óptico é inteiramente composto por LEDs, o que agrega estilo e eficiência. No entanto, considerando o patamar do veículo, acredito que projetores cairiam melhor do que os faróis do tipo ECOLED, uma tecnologia mais “barata” e simples.  

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Jeep Commander Overland Hurricane 2025
Foto/Mundo do Automóvel para PCD

Exclusividade das versões Overland e Blackhawk, as molduras plásticas das laterais e para-choques são pintadas na cor da carroceria, dando ao modelo um ar mais “esportivo”, complementadas pelas saídas de escape duplas, ficando uma em cada extremidade do para-choque, mais uma exclusividade – dessa vez relacionada ao propulsor Hurricane 4. Ainda na traseira, as lanternas possuem iluminação totalmente em LED.

As rodas possuem 19 polegadas e acabamento na cor cinza com um desenho bastante “padrão”, mas que ao meu ver são as mais bonitas de todo o portfólio do SUV da marca norte-americana. Um detalhe que vai muito bem, principalmente na cor branca, é toda a parte superior da carroceria pintada na cor preta, fazendo um bom contraste com o restante do veículo.

No todo, podemos dizer que o Jeep Commander é muito bem resolvido de design, embora não seja impossível afastar o parentesco com o Compass, modelo que já está um pouco “cansado” visualmente falando, embora também seja um veículo bonito.

Mas se tem uma parte onde o modelo é bem resolvido, essa parte é sem dúvidas o interior. Sim, mais uma vez herança contundente com o Compass, mas a Jeep foi muito feliz na adoção de suede no interior do Commander, seja em parte dos bancos ou no painel, o contraste dado é bem interessante e agrega na impressão de sofisticação do carro.

Jeep Commander Overland 2025

Outras partes seguem o padrão da marca, com material macio na parte superior do painel e das portas dianteiras. Já a traseira, infelizmente não replica com maestria o primor visto na frente, pois a parte superior é toda em plástico rígido que, embora seja de boa qualidade, destoa. Ao menos o centro das quatro portas é revestido do mesmo couro dos bancos.

O console central é outra coisa que chama atenção no modelo, pois é elevado e tem fáceis comandos, mas o excesso de acabamento em black piano é algo que no cotidiano acaba incomodando pela facilidade em manchar com o toque, ficando as “marcas de dedo” por toda a peça. O entorno é em material cromado que, se não for tomado o devido cuidado, pode arranhar, então fica o conselho para donos ou interessados em Compass ou Commander.

Jeep Commander Overland 2025

Já o volante possui regulagem de altura e profundidade, sendo o mesmo já visto na marca desde 2021 e que tem inspiração nos modelos produzidos no exterior, como Cherokee e Wagoneer. Revestido em couro, tem boa empunhadura e um bom diâmetro, não dificultando a tarefa de conduzir o Commander.

Jeep Commander Overland 2025

Ainda no interior, o modelo conta com central multimídia de 10,1 polegadas repleta de comandos e intuitiva, ainda que tenha sido lançada há quase quatro anos, mostrando-se bem atual. Tem Android Auto/Apple CarPlay sem fio, comandos de ar-condicionado, entre outras funções do veículo. E, embora a parte de climatização possa ser feita pela tela, a Jeep adotou alguns botões físicos para essa parte e também para comandos da própria central, reduzindo de certa forma a dependência.

Ainda na parte de telas, o painel de instrumentos totalmente digital tem 10,25 polegadas e, assim como a multimídia, exibe qualidade de imagem bastante interessante e também é de fácil manuseio pelos controles do volante. Fica o pesar pelo fato de não ter a exibição do GPS nativo pelo painel, ficando apenas concentrado na multimídia.

Jeep Commander Overland Hurricane 2025
Foto/Mundo do Automóvel para PCD

Na seara da tecnologia e oferta de itens, o Jeep Commander Overland se sai bem, ofertando além da central multimídia e do painel digital citados, uma série de assistentes à condução que foram aperfeiçoados na linha 2025. O sistema ADAS agora é do nível 2, sendo de fato um modelo que proporciona a condução semiautônoma por meio da centralização em faixa conjugada ao piloto automático adaptativo.

Há ainda a frenagem automática de emergência, farol alto automático e alerta de ponto cego. Fora isso, tem os triviais sensores de chuva e crepuscular, bem como retrovisor fotocrômico e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, mas tem uma grande falha para a faixa de preço.

Jeep Commander Overland Hurricane 2025
Foto/Mundo do Automóvel para PCD

O modelo da marca norte-americana não dispõe sequer de câmera 360º, o que facilitaria consideravelmente o uso do veículo, devido as dimensões – ao menos a de ré possui qualidade de imagem satisfatória. Vale citar que dentro da própria Stellantis há o Peugeot 2008, testado anteriormente, dispondo de câmera dianteira que em conjunto com a traseira formam uma visão 360º do veículo.

Mas, embora ele peque nesse ponto, ele acaba compensando em comodidades, como porta-malas com abertura e fechamento elétricos, banco traseiro com encosto reclinável, saídas de ar traseiras com ajuste de ventilação e uma novidade da linha 2025: memória da regulagem elétrica do banco do motorista (o do carona também ajusta eletricamente).

Jeep Commander Overland Hurricane 2025
Foto/Mundo do Automóvel para PCD

Poderia ter o sistema tilt-down que abaixa o retrovisor direito ao acionar a ré, mas parece que a Stellantis optou por não usar isso gama da Jeep. Intrigante, pois a Fiat conta com esse mecanismo em basicamente toda a linha. Outra ausência é a de resfriamento nos bancos dianteiros, vide que modelos mais acessíveis, como o Hyundai Creta podem contar com o sistema.

Jeep Commander Overland Hurricane 2025
Foto/Mundo do Automóvel para PCD

Outros detalhes serão comentados posteriormente, como motorização, consumo e vida a bordo. Porém, vale ressaltar o quanto o Jeep Commander impressiona por ser um produto tão bem equilibrado e representar um degrau entre o “convencional” e o premium, ou seja, ele agrega em relação a diversos modelos de marcas generalistas e torna o consumidor mais próximo de uma experiência de marcas como Audi ou BMW – guardadas as devidas proporções, logicamente!

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